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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

INCAPACIDADE FINANCEIRA IMPEDE REALIZAÇÃO DO CONCURSO MISS HUAMBO

Doze milhões e 995 mil kwanzas é o valor que o Comité Miss/Huambo precisa, em cada ano, para a realização do concurso local de beleza feminina, sendo que a edição 2019/20, prevista para este mês, está impedida por incapacidade financeira, deu a conhecer esta terça-feira, à ANGOP, o presidente desta organização, Pedro Neto.
Foto: Publicador

Segundo o responsável, que também anunciou a sua retirada da organização, é importante que os empresários continuem a apoiar eventos do género, de forma incessante, para evitar que seja o Governo a patrocinar, num momento de insuficiências de verbas, uma vez que o Comité é autónomo e tem a classe empresarial como o principal parceiro.

Pedro Neto referiu que evento envolve muitos custos, como os anúncios publicitários, indumentárias, tratamento geral, cenário, luz, som e palco, transporte, viagens, faixas, coroa, preparação e acompanhamento das concorrentes e introdução de movimentos cénicos, produção artística, contratação de músicos e coordenação da parte cultural, alojamento, alimentação e prémios (Miss, 1º e 2ª damas de honor, Miss Fotogenia e Miss Simpatia).

Também, acrescentou, constam ainda a mensalidade da miss, num período de 12 meses, a sua inscrição no MISS/Angola, assim como a roupa a usar durante a gala nacional, as trajes para os ensaios, bilhete de passagem e subsídios, assim como prestadoras de serviços, num valor global de um milhão e 600 mil kwanzas.

“O Comité vive de patrocínios. Por esta razão, a Miss/Huambo 2018/19, Verónica Cabral Tekeliohali, eleita a 23 de Dezembro do ano passado, não conseguiu representar a província do Huambo no concurso de beleza feminina nacional, decorrido em Outubro último”, desabafou Pedro Neto, enfatizando que solicitaram o apoio de vários empresários mais, infelizmente, não obtiveram o sucesso.

Entretanto, o responsável mostrou-se desapontado com o Comité MISS/Angola que indicou, sem consentimento da filial local, uma candidata para representar o planalto central no concurso de beleza feminina, decorrido no mês de Outubro, em Luanda, que caso cometesse algum erro, relativamente aos hábitos e costumes da cultura local colocaria em causa o bom-nome do povo desta região.

“A organização do MISS/Angola tem que se pronunciar a respeito dessa decisão, porque apenas falamos da taxa de inscrição da vendedora do concurso local, mas apresentamos as nossas dificuldades financeiras e para o espanto do Comité Miss/Huambo e da população, de forma geral, apareceu alguém a concorrerem em nome do Huambo”, atirou Pedro Neto.

O concurso MISS/Huambo, cuja 1ª edição decorreu em 1999, é um concurso que tem contribuído na promoção da beleza feminina desta região, em várias vertentes, bem como na descoberta, dignidade e valorização dos fazedores de cultura, incentivado a representante local ao concurso nacional a elevação dos hábitos e costumes do Povo Ovimbundo.

A sua organização é uma filial do Comité MISS/Angola, que de acordo com o seu regulamento interno de funcionamento, obedece ao principio da democracia e prossegue livre e autonomamente os seus fins, gozando, para o efeito, de autonomia administrativa e financeira, sendo que as sua relação com os órgãos da administração pública incidem no apoio institucional, até que seja definida a sua natureza jurídica, entre pública e privada, para aferir os seus reais direitos, nos termos da e Lei.

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